segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Eco-City: China, seguindo a tendência ambiental.

O povo chines sempre foi muito criticado pelo consumo desordenado dos recursos naturais. Agora, parece que a situação está mudando. Talvez em virtude dos cada vez mais constantes desastres naturais, os profissionais de diferentes nações venham ganhando apoio no desenvolvimento de projetos que tem como objetivo a manutenção da natureza como um todo.
Publicado no portal ArcoWeb, a cidade projetada seria capaz de abrigar até 350.000 habitantes. Projetada como um subúrbio a 40km da cidade de Tianjin (150km de Beijing), na China, deve estar pronta para o ano de 2020 e deve servir de exemplo para expansões sustentáveis de gradnes aglomerações urbanas. Em uma primeira observação, o projeto parece bastante interessante, e nem tão ousado quanto algumas outras idéias postadas aqui neste blog.

Algumas coisas que considerei interesssantes e que destaco aqui.
Uma cidade sustentável não precisa ser Só Vertical ou Só Horizontal. Ao contrário, é justamente na variação, que, ao menos na minha opinião, conseguimos atingir o maior número de pessoas. Entretanto, os locais devem estar bem determinados. Sem a possibilidade de que um arranha-céu esteja ao lado de uma residência de apenas 2 andares.

Eco-City

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Fonte das imagens: http://www.arcoweb.com.br/noticias-em-geral/china-tera-cidade-ecologica-para-350-mil-habitantes-13-01-2011.html

A cidade também tem uma série de preceitos que devem ser observados, e que incluem a obrigatoriedade do uso de:
- Eficiência Energética e uso de energias renováveis e limpas (Energy Efficiency and Use of Clean, Renewable Energy)
- Prédios Verdes (Green Buildings)
- Transporte Verde (Green Transportation)
- Cidade ammiga da Ecologia (Ecologically Friendly)
- Controle do uso da água (Water Management)
- Controle do Lixo (Waste Management)
- Equílbrio Econômico (Economic Vibrancy)
- Harmonia Social (Social Harmony)
- Preservação do Patrimônio Local (Heritage Conservation)
(fonte: http://www.tianjinecocity.gov.sg/)

Como todos podem ver, a lista não é pequena, embora seja bastante lógica. Trata-se não apenas de localização de prédios em si, mas de pensar os aspectos da cidade como um todo, o que inclui economia, cultura, pessoas e meio ambiente.
A cidade proposta é em si dividida em 7 setores distintos: Lifescape, Eco-Valley, Solarscape, Urbanscape, Windscape, Earthscape e Eco-Corridors. Cada um com características distintas e bem definidas (como na verdade deveriam ser todos os Planos Diretores das cidades).
Ainda segundo o site Arcobweb:
- Lifescape consistirá em uma série de montes artifiicais de terra que separarão a Eco-Citiy do entorno.
- Solarscape será o centro cívico e administrativo da cidade.
- Urbanscape será o centro da Eco-City, com centros comerciais interligados por passarelas que procurarão tirar proveito do espaço vertical do local.
- Earthscape, por outro lado, será o subúrbio residencial da cidade, onde a arquitetura maximizará o espaço verde público.
- Eco-Valley é o parque central, enquanto os Eco-Corridors são as áreas de circulação arborizadas da cidade.
- Windscape, afinal, transformará a vila histórica de Qingtuozi - cercada por um pequeno lago - em uma área de lazer e recreação para a população.

A exemplo de outros, surgem num momento onde diversos governantes e a própria população do planeta começam a perceber a força com que a natureza pode criar tragédias. É impossível prever quantas ocorreram, mas já é possível perceber que elas se tornaram mais frequentes e que começam sim a ganhar cada vez mais importância no contexto político, querendo ou não.
É portanto, muito importante, não só o estudo e a proposição de soluções novas, mas a materialização delas.
Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

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