O novo Fórum Cível da cidade de Porto Alegre traz ao longo de seu processo uma série de histórias e intrincadas relações entre os poderes judiciário e executivo, com reflexos para todos. Culminando agora com notícias e obras relacionadas à Copa do Mundo. Na coluna de hoje de Rodrigo Müzell, ele comenta que:
"De responsabilidade da prefeitura, são 10 projetos de mobilidade urbana – nove deles ainda na prancheta. O único em andamento é a duplicação da avenida Beira-Rio, que também enfrenta problemas, já que a licitação da ponte sobre o Arroio Dilúvio não encontrou interessados.
A prefeitura tem uma data fatídica pairando sobre si: as obras que não estiverem licitadas em 31 de dezembro perdem a urgência e os recursos de Copa. Assim, o legado de melhorias como as duplicações da Voluntários da Pátria (prevista desde os anos 1950) fica ameaçado."
http://wp.clicrbs.com.br/boletimbrasil2014/2011/07/27/acelerar-as-obras-uma-tarefa-maior-do-que-um-secretario/
Para quem não sabe, quando da aprovação do regime urbanístico diferenciado, que permitiu a construção do Fórum nos moldes em que foi aprovado, em especial com a liberação de uma maior altura, foi assinado Termo entre a Prefeitura e o Poder Judiciário onde a execução da referida ponte sobre o Arroio Dilúvio, ficava sob responsabilidade do Poder Judiciário, assim como outras obras viárias.
Após isto, já na aprovação da ampliação do Tribunal, uns dois anos após, no constante jogo de empurra-empurra, resolveu-se alterar esta disposição.
Já com a emitente necessidade de obras de infra-estrutura, muitas já atrasadas, relacionadas à Copa do Mundo, em especial ao trânsito, a Prefeitura assumiu para si a responsabilidade de execução desta ponte entre outras obras. Isto à cerca de dois anos atrás.
Foto extraída do site:
http://www.estadio3.com.br/obras.asp
Graças ao empenhos das Regiões de Planejamento, a abertura ao público do Fórum ficou condicionada à execução das obras rodoviárias por parte da Prefeitura, em especial desta ponte. Só resta saber se ela servirá apenas ao Fórum, ou se conseguiremos que a mesma esteja pronta para a Copa do Mundo. O tempo está passando e a Prefeitura mesmo com boa intenção talvez tenha assumido compromissos demais em relação ao que poderia suportar.
E sem as obras viárias, o sucesso na realização da Copa fica realmente ameaçada.
Basta andar pelas ruas.
Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos
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