quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sou a favor do Brasil.

Nas últimas semanas, um verdadeiro debate tomou as redes sociais. Afinal, torceremos ou não pela seleção brasileira? Eu sei a minha resposta. Eu vou torcer. Afinal, eu torço pelo Brasil, senão não estaria mais vivendo neste país.
Mas o fato de torcer, não significa apoiar esta "bagunça" que virou a Copa do Mundo, o caos promovido... e nem mesmo ir na linha do "o que tinha pra levar, já levaram" (!!).
Nada me fará apoiar esta palhaçada e nem os malandros querendo tirar vantagem do evento. Se tiver algum sucesso, é pela simpatia do povo. Mas então, por que gastamos tanto, em tantas obras que não terminarão?!
Cuidado, cada um, para não ver o nosso Brasil ganhar e na euforia, esquecer dos absurdos. Somos todos brasileiros, torcemos pelo nosso país. Mas sair encarando a roubalheira como algo que já aconteceu e que só dá pra reclamar nas eleições é simplicidade demais.
Alguém tá vendendo uma ideia um tanto pobre... e se coar, colou.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Concurso Expansão Senge, a nossa proposta.


Eis a nossa proposta. Me desculpe os demais, mas pra nós, simplesmente fazer um anexo não é fazer a expansão do Senge. Urbanamente, procuramos a unidade. 
Não deu pra ganhar, mas gostamos bastante do resultado, afinal, apenas para esclarecer, não demolimos o prédio na proposta,apenas repensamos o fechamento externo.
Segue o texto, encaminhado junto à proposta.
Expansão, eis o desafio proposto por este concurso. E a solução que se apresenta nasce justamente desta necessidade, de expandir espaços. É portanto uma pergunta cuja resposta deve agregar unidade ao conjunto, e é isto que se propõe. Ao invés de tratar o espaço de expansão de forma distinta, o projeto busca a integração das duas estruturas em um conjunto único. 
As linhas do projeto nascem da fachada existente, reformuladas em seus revestimentos. As linhas contornam os espaços gerando o novo SENGE. Faixas de vidro nas esquadrias dão a continuidade das linhas horizontais, assim como as faixas em alumínio composto branco, junto às lajes dos pavimentos. A solução interna dos pavimentos agregando as linhas orgânicas ao espaço interno demonstra a grande tecnologia aplicada ao espaço criando a sensação de que cada recanto é único.
Se externamente o prédio não se mostra além do necessário, internamente ele se integra pelo grande átrio para o qual se abrem as atividades. A integração destes espaços é total, sendo que através deste espaço, além de múltiplos espaços de convivência que se comunicam entre si, princípios de circulação e ventilação auxiliam no desenvolvimento das atividades, em especial nas salas de curso que necessitam, por norma, da ventilação cruzada. O vazio central é o coração do projeto. Jardins dispostos nestes espaços aumentam a qualidade espacial dos ambientes, complementando sua composição. São espaços que buscam ser mais humanos, promovendo a convivência, a integração, princípios básicos do desenvolvimento de projeto, atividade fundamental da função do engenheiro. 
As áreas de convivência, de troca, de integração, ocorrem em todos os pavimentos e entre eles. Os jardins e platôs reforçam esta integração, necessária em qualquer trabalho, em especial os de tecnologia, como é a área da engenharia. As peles de vidro projetadas em vidros duplos agregam melhoria considerável de conforto além da criação do micro ambiente próprio do espaço, protegido por uma cobertura de vidro.
O projeto “invade” a edificação existente. As alvenarias são parcialmente removidas de modo a permitir esta integração dos espaços. E ela ocorre em vários pavimentos, permitindo que o usuário se esqueça de que está em uma área nova, compreendendo o espaço com uma edificação única, em todos os sentidos.
A utilização do espaço de estacionamentos como parking deck otimiza o espaço, racionaliza seu uso, possibilita o atendimento à legislação da área livre permeável, é previsto da legislação de Porto Alegre, sendo portanto a solução mais racional a ser implantada. O uso do piso inclinado nos locais das vagas também auxilia na redução da necessidade de espaços para rampas, integradas ao espaço.
Funcionalmente, o posicionamento do auditório no térreo, com saída para rua, resolve aspectos relacionados à Prevenção de Incêndio, em especial no que se refere à evacuação da população usuária deste espaço. Ainda no pavimento térreo, a distribuição das funções características da galeria, com a interiorização das lojas, busca criar o motivo do percurso e da circulação de pessoas no local. O uso do pé-direito alto permite a o uso de mezaninos nas lojas, o que permite a flexibilização de uso e a implantação de espaços para estoque. Já no segundo pavimento, o espaço de eventos e o café buscam a integração visual com esta praça do térreo. Nos pavimentos que se seguem, jardim interligam espaços voltados para este grande vazio central. O projeto previu junto aos estacionamentos infraestrutura para as cisternas pertencentes ao sistema de recolhimento de água das chuvas. A grande permeabilidade proporcionada pelo projeto diminui a necessidade de iluminação artificial, e a cobertura verde inserida nas áreas de cobertura criam o aspecto sustentável aliado a alta tecnologia aplicada no projeto, que era desejo da equipe.
A solução estrutural proposta é a de estrutura independente, conforme pilares indicados nas plantas, combinados ao uso de lajes planas. Estimou-se uma espessura de 30cm, para a laje. O subsolo é proposto com o uso de cortinas de concreto.





 

 Foto da equipe... na última hora, pra variar...



Manifestação CMDUA

A quem interessar, segue o manifesto encaminhado ao CMDUA em 20 de maio de 2014.
Não se trata da crítica pela crítica, se trata, isso sim, de uma preocupação crescente de uma urbanista convicta, cada vez mais preocupada com os descaminhos da nossa cidade.

Ao CMDUA

Como delegada da Região de Gestão de Planejamento 1, encaminho a presente manifestação para que possa ser lida pelo Conselheiro da Região no CMDUA, com o devido apoio dos meus colegas delegados, que estão a par da presente manifestação.
Peço aqui aos senhores um pouco do seu tempo, um pouco mais de 3 minutos. Refere-se à falta de esclarecimento que se furtaram a dar ao conselheiro da região 1.
Há tempos ando observando que a pressa vem roubando a qualidade de vida. A pressa na verdade vem roubando a vida das pessoas. Poucas semanas atrás, um cobrador de ônibus esfaqueou 2 passageiros aqui em Porto Alegre. O motivo, os passageiros reclamavam do atraso do ônibus. O cobrador, nada tinha o que fazer. O trânsito está caótico. Basta sair às ruas para ver. Não era culpa dele. Mas ainda sim, as pessoas estão doentes. Todos estão doentes. Incluindo nós aqui do CMDUA, que na pressa de aprovar não estamos nem vendo o que estamos aprovando.
No último dia 29, em abril de 2014, fui como delegada da Região de Gestão de Planejamento 1 ao Conselho do Plano Diretor, o CMDUA, acompanhar a votação do projeto de ampliação do Shopping Moinhos de Vento. De início estranhei quão poucos membros da comunidade estavam lá presentes. Depois viria a compreender, da forma mais decepcionante, o porquê.
A votação do projeto já tinha sido levada ao CMDUA, quando o relator, representante da Região 2 de Gestão de Planejamento tinha votado contra o projeto. Quando isto acontece, o projeto é redistribuído... até aprovar. Em Porto Alegre, não existe o “não dá”. O conselheiro da Região 1, que é a região onde se encontra o empreendimento, havia informado que a comunidade não era contra o projeto, mas sim contra as contrapartidas determinadas e a forma de condução do processo. E pedia para tanto um estudo de vizinhança. Este sim, nunca regulamentado, apesar da necessidade alarmante de sua implantação.
Na reunião do dia 29, novo relato, desta vez pela aprovação, afinal “a CAUGE já havia dado parecer favorável”. Mas se este fosse o parâmetro, então por que existir o CMDUA? O CMDUA existe justamente para questionar e fiscalizar, e isto eu realmente não vi. Preferia ter ouvido do relator que ele concordava com a CAUGE e não que ele não se julgava capaz de questioná-los.
Após o relato, o presidente do CMDUA (Secretário de Planejamento) sequer deu espaço para os poucos representantes do Movimento Moinhos Vive manifestarem sua opinião. Seria o mínimo para uma democracia. Mas no conselho, a democracia foi “patrolada” pela PRESSA dos conselheiros, para literalmente se “livrarem” dos processos. O Conselheiro da Região 1 ingenuamente fez uma pergunta sobre a Área Livre Permeável. Na reunião anterior sobre este mesmo assunto, informaram não poder responder pois era assunto da SMAM e seu representante não estava presente. Desta vez, o conselheiro da SMAM estava presente mas informou não ser com ele e sim com o representante da SMURB. A SMURB por sua vez não respondeu... Estava fazendo outra coisa... o representante saiu da sala como se não fosse com ele... e sequer deram uma justificativa, uma resposta, nem que sim, nem que não, nem que talvez. Simplesmente NÃO RESPONDERAM NADA.
Na pressa de votar, a grande maioria aprovou esta ampliação.  O conselheiro da própria região 1 parecia não acreditar no fato de que não era merecedor de uma mínima resposta. Eu mesma não acreditei que esta era a forma de condução dos projetos no CMDUA. O grupo do Moinhos Vive tentou se manifestar e recebeu uma solicitação para que "ficassem quietos". Sinceramente, ultrajante.
Chocada pela forma de tratamento, não percebi a velocidade de apresentação do empreendimento proposto junto ao Barra Shopping. Apresentado tão as pressas que sequer pudemos compreender ao certo o que se quer no local. Deste, só entendi os 80 metros de altura, e perguntei a mim mesma sobre seu impacto sobre a paisagem. Apenas eu, por que os demais pareciam estar lá se enganando ao ouvir que seria um empreendimento “ecologicamente correto”. E que por isso deveria ser aprovado. Há anos atrás ouvi este mesmo discurso do projeto Gigante para Sempre do Sport Clube Internacional. E hoje, o que temos lá? Piso impermeável, entulhos sem nenhum responsável... aliás, parece que ninguém mais é responsável pelo o que faz.
Sempre considerei o CMDUA como um espaço democrático. Hoje, estou realmente duvidando disto. Aprovam-se projetos de impactos significativos, de grande porte, com maior velocidade do que se aprova uma simples residência. Alguns empreendimentos têm várias medidas mitigatórias ou compensatórias, outros, quase nenhuma. O CAOS das ruas é o reflexo disto, desta disparidade. Não nos deixam conferir as informações, os estudos. Sob a alegação de incapacidade técnica, nos furtam o nosso direito mais básico de questionar. E quando somos técnicos e questionamos aspectos técnicos, o silêncio é a maior afronta, que passa desapercebida por muitos.
Cada um que votou a favor dos grandes empreendimentos sem um estudo decente, cada um que minimiza os impactos de um grande empreendimento, cada um que acha que tudo é possível , no fundo, co-autor de todos os crimes e acidentes que ocorrem nesta cidade. Gente morrendo nas calçadas, pessoas atropeladas, ciclistas mortos... estamos promovendo o caos. Cada um de nós. Onde está o estudo da Ampliação do Shopping do Iguatemi? 
Isso sem falar as decisões antagônicas? No centro, vamos aumentar as calçadas, e reduzir o tráfego de veículos. No Moinhos de Vento (lugar lindo pelas suas calçadas bem cuidadas), vamos reduzir calçadas, vamos destruir a sua ambiência. No Petrópolis, manutenção de casas antigas com alguma qualidade. No Jóquei, lugar de um dos mais importantes exemplares modernistas, ninguém avalia o impacto do novo empreendimento sobre o exemplar. Dá pra entender? Não, não dá. E quando eu digo nós, é por que quando calamos, concordamos. E aqui, no CMDUA, parece que todos concordam.
Está chegando, porém, o dia em que a falta de planejamento vai realmente custar caro. Pois até então estávamos falando de obras. E hoje, falamos de vidas. Novamente afirmo, estamos promovendo o caos. Estamos apoiando o gasto de recursos em obras inúteis enquanto o povo sofre sem ter condições mínimas de saúde e de educação. Estamos vivendo num mundo de faz-de-conta, mas o faz-de-conta está sumindo pelo aumento da violência. E entre idas e vindas, gasta-se 1 milhão de reais em um chafariz seco que ninguém vê, que ninguém usa. Esta é a nossa Porto Alegre.

Eliana Hertzog Castilhos
Delegada RP1

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Residencial Florença - Módulo A - Maio de 2014

O residencial Florença - módulo A, é uma obra de retomada que está sendo realizada pela Cubbos para a Caixa Econômica Federal.










A obra em questão fica na cidade de Gravataí. Foi paralisada por problemas com a construtora anterior. Esperamos poder em breve entregar também este empreendimento.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Residencial Santana - Maio de 2014

Seguem fotos do empreendimento da Cubbos, Residencial Santana, em Esteio.




quarta-feira, 7 de maio de 2014

Residencial Santana - Novos materiais de divulgação!















O ano de 2014 começa com a readequação de uma série de procedimentos na Cubbos. Dentro desta linha, estamos divulgando novos materiais de divulgação dos nossos empreendimentos.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Plano de Mobilidade para a Copa de 2014 em Porto Alegre

Há quem diga que eu só critico, então, peço que tirem suas próprias conclusões. Estamos apenas divulgando a informação.

Plano de Mobilidade para a Copa de 2014 em Porto Alegre




segunda-feira, 5 de maio de 2014

E a pressa chegou ao CMDUA ...

Na última terça-feira, dia 29 de abril de 2014, fui ao Conselho do Plano Diretor, CMDUA, acompanhar a votação do projeto de ampliação do Shopping Moinhos de Vento. De início estranhei quão poucos membros da comunidade estavam lá presentes. Depois viria a compreender, da forma mais decepcionante, o porque.
A votação do projeto já tinha sido levada ao CMDUA, quando o relator, representante da Região 2 de Gestão de Planejamento tinha votado contra o projeto. Quando isto acontece, o projeto é redistribuído... tipo assim... até aprovar. O conselheiro da Região 1, que é a região onde se encontra o empreendimento, havia informado que a comunidade não era contra o projeto, mas sim contra as contrapartidas.
Na reunião do dia 29, novo relato, desta vez pela aprovação, afinal a CAUGE já havia dado parecer favorável. Mas se este fosse o parâmetro, então por que existir o CMDUA??
Após o relato, o presidente do CMDUA (Secretário de Planejamento) sequer deu espaço para os poucos representantes do Movimento Moinhos Vive manifestarem sua opinião. Seria o mínimo para uma democracia. Mas no conselho, a democracia foi “patrolada” pela PRESSA dos conselheiros de literalmente se “livrarem” dos processos. O Conselheiro da Região 1 ingenuamente fez uma pergunta sobre a Área Livre Permeável. Na reunião anterior, informaram não poder responder pois era assunto da SMAM e seu representante não estava presente. Desta vez, o conselheiro da SMAM informou não ser com ele e sim com o representante da SMURB. A SMURB por sua vez não respondeu... Estava fazendo outra coisa.
E na pressa de votar, todos aprovaram com exceção do conselheiro da própria região 1 que parecia não acreditar no fato de que não era merecedor de uma mínima resposta. O grupo do Moinhos Vive tentou se manifestar e recebeu uma solicitação para que "ficassem quietos". Sinceramente, ultrajante.
Chocada pela forma de tratamento, não percebi a velocidade de apresentação do empreendimento proposto junto ao Barra Shopping. Apresentado tão as pressas que sequer pudemos compreender ao certo o que se quer no local. Deste, só entendi os 80 metros de altura, e perguntei a mim mesma sobre impacto sobre a paisagem. Apenas eu, por que os demais pareciam estar lá se enganando ao ouvir que seria um empreendimento “ecologicamente correto”. E que por isso deveria ser aprovado.
A reunião porém não terminou aí. Ainda tinha uma apresentação da EPTC sobre como vai funcionar o trânsito na COPA. Esta sim não deu pra entender nada... textos pequenos, fala rápida. Lógica discutível. Não consigo entender alguém em dispor estacionamentos na PUC, para que de lá as pessoas peguem transporte para chegar ao estádio. E percorram uma distância de mais de 10 quilômetros. Espalhando o caos da COPA por vários locais da cidade. A dúvida que ficou, e que obviamente não foi respondida é:
E quem não vai à COPA, circula por onde?
Dentre tantas informações, o máximo que recebemos é que a EPTC não recomenda circular 6 horas antes dos jogos e 2 horas depois dos jogos. Então tá, vamos todos ficar em casa, por que alguém não fez o seu dever de casa.

Muito para apenas uma reunião? Com certeza, por que no final, ninguém entendeu muito do que viu, e os processos seguem passando. Seguem amplificando o caos, contra qualquer tipo de planejamento urbano.

Eliana Hertzog Castilhos

Park & Hide PUC


Park & Hide Jockey






A pressa (...)


Há tempos ando observando que a pressa vem roubando a qualidade de vida. A pressa na verdade vem roubando a vida das pessoas. Poucos dias atrás, um cobrador de ônibus esfaqueou 2 passageiros aqui em Porto Alegre. O motivo, os passageiros reclamavam do atraso do ônibus. O cobrador, nada tinha o que fazer. O trânsito está caótico. Basta sair às ruas para ver. Não era culpa dele. Mas ainda sim, as pessoas estão doentes. Todos estão doentes.
Tudo é “pra ontem”. Quem nunca ouviu esta expressão? Na pressa de encontrar um tempo, acabamos por encontrar tempo nenhum. Perdem-se as relações, substituídas pelas redes sociais virtuais. Que de tão virtuais, minam as bases antes sólidas das relações. Dos vários amigos, quantos na verdade se tem?
Não temos tempo para nada, mas ainda assim encontramos tempo para tudo. As conexões instantâneas, rápidas, dinâmicas, fizeram o homem se tornar escravo do seu trabalho. Todos correm o tempo todo. Há quem não corra? Sim, sempre há... mas este não está trabalhando.

O celular toca a todo o instante. São ligações, mensagens, twitter, whatsapp, facebook. Não há mais tempo, tempo de almoço, tempo de descanso, tempo para a família. As pessoas conectam-se a todo instante, inserindo-se propositadamente em uma “matrix”. Alheias a tudo, são acima de tudo alheias às pessoas, ao ser humano. A solidariedade, a generosidade estão desaparecendo. O caos está por todo o lado. Parte do plano? Ainda não sei.

























Do repórter fotográfico Alfonso Abraham:
A capital do gaúchos, vista do terraço do prédio do DAER.