Um dos aspectos mais importantes constatados pela equipe do BID, foi a seriedade com que a equipe de trabalho tratou dos assuntos relacionados à viabilidade do projeto, ou seja, nível de detalhamentos do projeto apresentado e principalmente nível de especificações constantes no orçamento realizado.
Destacamos isto pois em geral, durante o curso das faculdades de arquitetura e urbanismo, a viabilidade econômica é algo pouco valorizado. Projetos delirantes muitas vezes são premiados sem que seus Responsáveis Técnicos tenham noção de seus impactos, sejam ambientais, sejam econômicos.
É impressionante compreender que, em um projeto para uma área extermamente carente, criar um mobiliário mais caro ou mais barato, pode ser a diferença entre uma unidade habitacional a mais ou a menos. E esta decisão é nossa do profissional que está fazendo o projeto.
E mais, as questões relacionadas à acessibilidade também são pouco ou nada discutida nas universidades. Me formei pela UFRGS sem nunca ter tido que fazer um projeto de acessibilidade. Aliás, não tenho conhecimento, mas quando estudei sequer havia uma cadeira eletiva para aprender questões relativas à acesssibilidade, algo que hoje, considero fundamental.
Com apenas 7 anos de formada, observo a necessidade cada vez maior de conhecimento por parte do profisisonal da área da arquitetura para desenvolver projetos efetivamente viáveis. Ao menos este projeto de Novo Hamburgo está permitindo este crescimento, não só para mim, para toda a equipe aqui do escritório.
Foto: Sede do BID em Brasília
Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos
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