sexta-feira, 7 de março de 2014

Arquitetura e Gastronomia. 2014-3-Galeteria Di Paolo. Gramado, RS.

Mudando totalmente de ares, fomos à cidade de Gramado passear. Aproveitamos para ir na famosa Galeteria Di Paolo, a antiga Giuseppe. Alias, as pessoas ainda hoje a chamam assim. É um dos restaurantes mais tradicionais e conhecidos da cidade de Gramado.


 

 

Dá pra ver que tem um cuidado em especial com o paisagismo, deixando o lugar bem agradável. Os janelões de vidro também garantem que todo este cuidado externo seja percebido por quem está dentro do Restaurante.




Os detalhes indicam que este é um espaço em sintonia com a cidade. Convida à entrar embora não seja acessível. A rampa é demasiadamente inclinada e internamente a arquitetura também não ajuda uma vez que os sanitários são no pavimento inferior com acesso exclusivo por escadas.

Chegamos às 12:15, na segunda-feira, no meio do feriado, e estava incrivelmente cheia. O tempo de espera foi de 45 minutos. O lugar é preparado para situações deste tipo pois há espaço de espera na área aberta e na área interna. E durante o tempo de espera são servidos aperitivos como queijos, salame italiano e milanês, e pãezinhos. O cliente também pode pedir bebidas enquanto aguarda. Ou seja, a gente aguarda mas não aguarda.

Esperimentamos de tudo um pouco, o queijo estava bom, mas era forte. Assim como os salaminhos. Os pães estavam muito ruins. O forte / fraco da comida é uma dica para quem tem filhos. Em geral, não são muitos que gostam de sabores mais fortes.


A brinquedoteca é fraca e não tem um profissional para cuidar das crianças. Fica no cantinho do cantinho, embaixo da escada. pro adulto cuidar e brincar junto fica complicado. Poderia realmente melhorar neste aspecto pois Gramado tem muitos turistas, e muitos destes são famílias completas, filhos, netos... vale a pena, em especial por que não estávamos num restaurante barato.  O ticket médio de gasto por pessoa no restaurante é R$ 75,00.

Passados os 45 minutos, fomos chamados à nossa mesa, esta junto à fachada lateral, junto à uma grande esquadria. Detalhe especial para o toldo retrátil que protege a fachada da incidência excessiva de sol, e permite a entrada em dias sem tanto sol.




Na mesa, toalhas de tecido melhoram em muito a acústica do local. A mesa estava preparada, com a louça bem disposta.

O serviço é de rodízios de Galetos, sendo servido além do obvio, Paezinhos, Sopa de Agnolini, Salada de Radite, Salada Verde, Salada de Batata e Maionese, Massas (neste caso o cliente escolhe uma das opções do cardápio - Fungi, Tradicional, 4 queijos, Alho e Óleo e Tomates Secos), Queijo Frito, Polenta Frita, Polenta Brostulada, além das opções de sobremesa, Pudim de Leite e Sagu, estas inclusas no valor. pedindo a parte, há outras opções.




Já sentados à mesa, os pãezinhos melhoraram muito. Alguns detalhes merecem destaque. Os vinagres e aceites eram de excelente qualidade. O Sal Marinho segue na mesma qualidade.

 

Para quem nunca foi, realmente vale a visita. A sopa de Agnoline (capelete pequenininho e muito mais gostoso) não pode ser pulada. Experimente nem que seja um pouquinho. Típica deste tipo de restaurante.


 

As saladas ajudam o prato a não ficar tão gordinho. Bem diversificada, agrada a diferentes paladares e dá uma pitada de saúde no almoço ou na janta.


O galeto definitivamente é a especialidade da casa. Bem assado, com aparência agradável, é uma boa pedida para quem gosta.

Já alguns aperitivos deixaram a desejar. A polenta Brostulada e o Queijo Frito ficaram devendo e muito. faltou sabor, um tempero a mais. Quanto às massas, melhor não pedir. São horríveis. Eu pessoalmente já conhecia o restaurante do tempo em que se chamava Giuseppe, e posso garantir, decaiu muito.

 


 







Já a polenta frita estava muito boa. Resumo, aproveite a sopa da entrada, e concentre na salada, no galeto e na polenta frita. Critico sempre o fato de que a comida deve sempre apresentar uma qualidade homogênea, algo que não ocorre lá.


 




Quanto às sobremesas, o pudim estava muito bom, sem um doce excessivo, sem aquele gosto de farinha dos pudins de restaurante que não são de muito boa qualidade. Bem melhor que o sagu, que estava ácido. Mas pode ser devido à uva, já que é feito com um produto natural.

Depois de aproveitar o almoço, rodei pelo restaurante para fazer uns registros. O banheiro continua sendo um problema na minha opinião. Pequeno, só no subsolo, e sem trocador. Novamente digo, tem que melhorar muito.

 

Já a arquitetura é legalzinha. Porque? Porque não tem nada de mais. faltou um que a mais. Tem algumas peças interessantes, mas faltou unidade. O forro do ambiente onde ficamos era muito bonito. Já num outro espaço, forrinho comum. E ainda tinha um branco, acústico, que nada tinha a ver com a decoração. E o subsolo não ajuda. Mesinha junto do banheiro? Por mais que seja espera não dá pra aceitar.

 

 

Cadeiras Thonart originais (e não cópias como de costume) garantiram o conforto no tempo em que estivemos sentados.
Design no cardápio... acho que nem chegaram a  pensar nisso... também ficou devendo.



 

Em relação à adega, destaque para o cuidado. Fechada, climatizada, e longe das janelas. podia ser escurinha, mas já demonstra algum cuidado. Se é pra pagar por um vinho caro que ao menos ele esteja bem guardado.


































Resumo da visita:
Ar condicionado: Sim.
Sistemas de prevenção de incêndio: não vi nada! Absurdo.
Acessibilidade: Nem cheiro...
Pet friendly: não.
Comidinhas alternativas: nadinha... e até podia, só organizar o cardápio de forma decente.
Acústica: razoável, pra boa ainda ficou devendo.
Som: não.
Área aberta: só a espera.
Banheiro: bem ruinzinho, em especial considerando o nível do restaurante.
Comidas: a sopa, o galeto, salada de radite (super mini, super boa).
Bebidas: Suco de uva natural, suco de laranja... vinhos, mas tem que saber escolher.
Preço: média de R$ 75,00 por pessoa. não é barato.

Obs quanto ao atendimento. Estava com meus filhos e para variar tive que sair atendê-los. É um leva no banheiro, leva pra brincar... e como ocorre frequentemente,  a turma em geral comeu... e quando eu consegui sentar o atendimento já não era mais o mesmo. Os restaurantes devem definitivamente rever estas atitudes, pois um bom atendimento é tudo, em especial quando estamos pagando.

Di Paolo. Rua Garibaldi, 23. Centro. Gramado. RS
Das 11:30 às 15:00 e das 19:00 às 23:00.

Notas:
Arquitetura: 6. Falta muita coisa.
Comida: 6. Varia muito. Tinha que ser mais homogênea a qualidade.



Um comentário:

  1. Acho que poderíamos completar dizendo que o problema é um galeto, um radicela tão espetacular não parecem ter sido feitos pelo mesmo lugar que aquela massa, que na minha opinião parecia o resto das massas das outras mesas, desde massa crua até massa passada.
    Alan Furlan

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