Caros Delegados, Conselheiros, Municípes de Porto Alegre e demais leitores, ontem a noite ocorreu a segunda audiência pública sobre a alteração dos limites dos Bairros de Porto Alegre.
Eu como conselheiro da RP1, foco da reunião, estava na mesa da audiência e houve pela SPM a apresentação das alterações dos bairros da região com a explicação um a um das propostas.
Antes de mais nada utilizo este espaço para dar os parabéns a SPM, e principalmente seu secretário pois é a primeira vez que vejo tal movimento privilegiando a comunidade a participar do planejamento da cidade. A apresentação se deu pelas Arquitetas Andréia, Gládis e a Eng. Inez.
O conteúdo da apresentação é a literal reprodução do volume distribuído pela SPM, por isso não o repetirei neste momento. Destaco abaixo as contribuições apresentadas na audiência:
1 - Nara: se referiu ao Bairro Bom Fim e nas falhas históricas relacionadas a Lei de 1959, solicitou uma revisão;
2 - Fernando Barth: disse ter 8 grandes sugestões, mas o tempo de 2 minutos não o permitiu descorrer de forma satisfatória, os assuntos eram: Ilhas do Guaíba; Pontos Cardeais; Ampliação dos Limites do Centro; Limites Bom Fim, Farroupilha e Santana; Revogação da Lei 10.364; Alteração dos Limites do Menino Deus; Alterações do Limite do Floresta; Alterações da condição do Marcílio Dias (área Alfandegária);
3 - Tania Faillace: Questionou se houve um embassamento Histórico, se houve um acompanhamento de sociológos, economistas, geógrafos para constituir o trabalho; Perguntou tanto a SPM quanto a secretaria de governança, quais os objetivos e repercursões da aplicação destas alterações, Solicitou as respostas por escrito;
4 - Assis: Questionou a não realização de reuniões com as associações de bairros e com as regiões de planejamento; questionou o limite do Bairro Bom Fim que na visão dele seria limitado pela Ramiro Barcelos;
5 - Carlos R.: Questionou os limites do Bom Fim e seus limites Históricos;
6 - Marcos Becker: Geógrafo, questionou a pesquisa histórica; a criação de distritos administrativos, sugeriu 7 ou 8; sugeriu dividir grandes bairros; sugeriu eliminar Bairros com pouca ou nenhuma população como Pedra Redonda, Marcílio Dias, Farroupilha;
7 - Alceu: Reforçou o histórico e a importância do Bom Fim;
8 - Alan Furlan: Eu destaquei 4 ítens na minha visão de grande importância:
a. Apresentação dos procedimentos de verificação das sugestões apresentadas pela comunidade, pois não foram apresentadas na Audiência Pública (clareamento da metodologia do trabalho e da Audiência);
b. Elogiei os critérios que foram um pouco mais aprofundados, mas ainda cobrei a metodologia do trabalho mais clara e mais aprofundada urbanisticamente;
c. Reflexos dos Planos diretores de 59 e 79 nas leis de delimitação dos Bairros de Porto Alegre, análise histórica, social e urbana;
d. Avaliação de bairros que fogem as próprias regras apresentadas, como Marcílio Dias, bairro não bairro, pois não possui população para a conformação do espaço, e os limites do Bom Fim;
9 - Milton G.: Limites do Bom Fim, com a Ramiro Barcelos, com o Bairro Farroupilha;
A resposta da SPM primeiro veio da Arquiteta Gládis:
- Informou que conversou com associações de Bairro e estas preferiram o formato de audiência pública ao invés de discussões na comunidade;
- Disse que as contribuições serão apenas sugestivas;
- Confirmou que houve estudo histórico;
Depois as resposta vieram da Engenheira Inez:
- Confirmou que a audiência foi publicada 15 dias antes;
- Que todo o processo será encaminhado ao CMDUA, após a conclusão dos técnicos;
- a linha foi de isenção no trabalho;
- que ela teve plena consciência na importância na realização do trabalho que ela COORDENOU a equipe e que não abriram mão da história de Porto Alegre;
- Informou que até o ano anterior o trabalho possuia na equipe uma socióloga, Eunice.
Me preocupou o fato de um trabalho de 7 anos ter apresentado pontos tão críticos, pois como afirmado foram todos muito estudados, vamos esperar para os nossos questionamentos serem respondidos pois ainda não o foram.
Segue imagem da reunião:
Arquiteto e Urbanista Alan Cristian Tabile Furlan
e a apresentação da SPM sobre a metodologia deste trabalho na RP1, não aconteceu porque?
ResponderExcluirQual foi a desculpa desta vez?
Pedro
Eu assisti pela web e para mim apenas leram o documento não foi uma apresentação foi apenas uma leitura do que a prefeitura quer.
ResponderExcluirOutra coisa as arquitetas não fizeram estudo algum simplesmente procuraram se livrar do assunto.
Quanto aos 7 anos é uma vergonha.
Ninguém fiscaliza isso?
Aírton
Porque esse trabalho não foi apresentado antes nas associações de bairros?
ResponderExcluirOu nas rgps?
Gustavo
7 anos, para apresentar um trabalho que considera a Ramiro fora do bom fim, que arquiteto avaliou este trabalho em sete anos se projeta uma cidade.
ResponderExcluir7 anos, será que ninguém vê como isso sou ridículo?
JB
Quanto custou todo esse trabalho? Se tivessem contratado externamente não teria sido mais barato? Com certeza teria sido mais rápido. Quem responde para tais ingerências?
ResponderExcluirMatias
Pessoal, eu acho que ninguém esta percebendo uma coisa muito mais séria, a prefeitura não esta justificando nada nem sequer respondendo eu revi os questionamentos e na verdade a SPM simplesmente esta ouvindo, mas respondendo eu não vi nada, sendo assim já temos base para impugnar a audiência pública por não cumprimento do edital.
ResponderExcluirTemos que mostrar que a população e os movimentos não deixam a irreponsabilidade passar barato. Devemos cobrar o cumprimento das leis daqueles que são os nossos exemplos.
Pedro
Caso de policia.
ResponderExcluirPaulo
O que uma engenheira agrônoma faz na SPM? Desculpem minha ignorância mas não consigo entender é uma secretaria que trata de planejamento urbano por que não é um urbanista? E o pior coordenando, não estamos corrigindo a acidez do solo, isso me soa como piada eu cidadão de Porto Alegre pago meus impostos para uma secretaria contratar uma engenheira agrônoma para decidir sobre os limites dos bairros! Sendo que no meu entendimento o que um eng. Agrônomo faz é melhorar as plantações, pergunto: como ela foi contratada? Para que função? Isso para mim é ilegal, não é? ASPM se pronunciou?
ResponderExcluirPessoal não podemos deixar isso assim.
Ronaldo
Na Faculdade de arquitetura nós estamos aprendendo que projetos urbanos devem ser precedidos de profundo conhecimento do local e de uma metodologia a qual será aplicada posteriormente, e a partir daí se criará uma forma de como será aplicada as ações para se chegar no objetivo utilizando conceitos e metodologia.
ResponderExcluirO problema é que o trabalho é tão infantil que não deixa claro nem metodologia nem conceito apenas forma de aplicação.
Acho uma vergonha temos que ver este tipo de trabalho mediocre alterando os limites da nossa cidade, quanto a Engenheira Agrônoma, não podemos denunciar, me digam onde devemos denunciar que eu vou lá, não me mato estudando para vir alguém ilegalmente roubar meu possível trabalho. Ela que vá cuidar de plantação, pois se fez isso na Faculdade era por que queria, pois bem eu estudo para ser urbanista e só eu posso fazer isso, se nós futuros arquitetos e os arquitetos honram as suas calças não podem deixar isso assim.
Cecília
Grande Cecília resumiu a situação, só não disse uma coisa: CADE O IAB QUE NÃO ENTROU NA JUSTIÇA CONTRA ESSA ENGENHEIRA QUE ESTA FAZENDO UM TRABALHO ILEGALMENTE?
ResponderExcluirMaurício
Quanto ao meu bairro também há muitos problemas , moro atualmente em uma região denominada de Aberta Morros , mas Aberta Morros nem é um bairro oficial e não sei o porque de existir esse nome nas cartas. Tudo que é Aberta Morros , na verdade , oficialmente é bairro nenhum! Quanto a esse projeto de lei de bairros minha região vai pertencer ao bairro Campo Novo , mas a população local sugeriu as ampliações de bairros em volta como Ipanema ou Espírito Santo. Minha região fica no lado par da Av. Juca Batista ,próxima do zaffari no loteamento Imperial Parque , que infelizmente atualmente está em nenhum bairro.
ResponderExcluirTenho parentes por toda a cidade e conheço bastante Porto Alegre.
Quanto ao Bomfim, a Rua Ramiro Barcelos deveria estar pelo menos no limite do bairro , assim como toda a área do bairro Farroupilha deveria estar dentro do Bomfim . Como pode um parque ser um bairro!
Mas temos também o bairro Marcílio Dias que também é surreal , pois como um porto é um bairro! Sendo assim os bairros Farroupilha , Marcílio Dias devem ser eliminados. Outro bairro a ser eliminado deveria ser Pedra Redonda, pois estre local há praticamente apenas clubes e alguns poucos condomínios em uma faixa estreita.
Na região do Partenon existem oficialmente os bairros Vila João Pessoa, Coronel Aparício Borges e São José , mas todo mundo que mora nesses locais chamam simplesmente de Partenon. O shopping Iguatemi oficialmente há um linha imaginária cortando o shopping ao meio , ou seja o estacionamento está no bairro Boa Vista e o resto no Passo da Areia. O iguatemi pelas condições geográficas do local seria do Bairro Boa Vista.
Outro bairro surreal é o bairro Praia de Belas , que é formado apenas por prédios comerciais , então este bairro deveria ser eliminado e os limites do Menino Deus e do Centro ser aumentados.
O bairro Rubem Berta é outro caso , oficialmente ele é enorme , mas apenas o pessoal que mora na cohab Rubem Berta fala que mora no Rubem Berta. A população que mora no bairro Rubem Berta , mas fora da Cohab fala que mora no bairro Parque dos Maias ,Santa Rosa , dentre outras subdivisões. Talvez deveria dividir o bairro Rubem Berta.
ResponderExcluirO bairro Santa Maria Goretti poderia ser anexado ao bairro Passo da Areia ou São João, aliás o estádio Passo da Areia oficialmente está dentro do bairro Santa Maria Goretti
Como ficaram definidos os limites dos bairros de toda a região
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