Lições de Arquitetura. Post 4.

Lição 10.

"Nossa impresão de um espaço arquitetônico é fortemente influenciada pelo modo como chegamos até ele."

Brises, solução solar inteligente mas pouco utilizada.

Brises são soluções de controle solar que já foram muito utilizadas na arquitetura brasileira. Ao longo dos anos, porém, esta soluções perdeu força e deu lugar às padronizações de fachadas hoje verificadas. O post qquer destacar justamente easta falta que o brise anda fazendo na arquitetura do dia-a-dia e como a sua utilização pode ter reflexos potenciais no auxílio do controle térmico dos ambientes.
O Palácio da Justiça, aqui de Porto Alegre, é um belo exemplo de utilização deste sistema. Ao longo de sua fachada Oeste, brises verticais móveis protegem o local, de acordo com a intensidade da incidência solar.

Já no Centro Administrativo Fernando Ferrari, também em Porto Alegre, utilizou-se o brise horizontal fixo para a redução parcial do sol na Fachada Norte.



Mas para exemplificar que a utilização do brise não precisa ficar restrito à grandes obras. Em um pergolado que projetamos em uma cobertura na zona sul, utilizamos brises móveis como forma de controlar a entrada de luz na cobertura de vidro. Com uma solução mais singela, foram projetadas caixas contendo os brises, que ficam conectados por uma peça metálica. Com uma alavanca simples, é possível abrir ou fechar mais o sistema de acordo com a intensidade de luz desejada.

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Lições de Arquitetura. Post 3.

Lição 21.

"Um arquiteto conhece alguma coisa sobre tudo. Um engenheiro conhece tudo sobre alguma coisa."

Lições de Arquitetura. Post 2.

Lição 37.

"Qualquer qualidade estética é normalmente realçada pela presença de um contraponto."

Lições de Arquitetura. Post 1.

Passeando na Livraria Cultura, encontrei um livrinho singelo e bastante interessante:
101 Lições que aprendi na Escola de Arquitetura. De Mathew Frederick.
Resumo interessante do que apreendemos no Curso, acho que todos deveríam ter um exemplar destes em casa. Eu resolvi postar as lições no blog por que realmente gostei. Mas o livro também vale pelas complementações, que neste caso, só para quem comprar o livro mesmo.

Lição 28. Aprendemos que:

"Um bom designer não tem medo de jogar fora uma boa idéia."

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Selo Casa Azul, Caixa Econômica Federal.

Resolvi tomar a liberdade de divulgar uma certificação que não é muito conhecida no Brasil e com a qual tive contato ontem em um seminário. É o Selo Casa Azul, da Caixa Econômica Federal.

Segundo informações da Caixa:

O Selo Casa Azul CAIXA é um instrumento de classificação socioambiental de projetos de empreendimentos

habitacionais, que busca reconhecer os empreendimentos que adotam soluções mais eficientes
aplicadas à construção, ao uso, à ocupação e à manutenção das edificações, objetivando incentivar
o uso racional de recursos naturais e a melhoria da qualidade da habitação e de seu entorno.
O Selo se aplica a todos os tipos de projetos de empreendimentos habitacionais propostos à CAIXA
para financiamento ou nos programas de repasse.
Podem se candidatar ao Selo as empresas construtoras, o Poder Público, empresas públicas de habitação,
cooperativas, associações e entidades representantes de movimentos sociais
Níveis de gradação do Selo Casa Azul
BRONZE 19 Critérios obrigatórios (mínimo)
PRATA Critérios obrigatórios e mais 6 critérios
de livre escolha = 25 critérios

OURO Critérios obrigatórios e mais 12 critérios de livre escolha = 31 critérios

Segue um link de um material informativo fornecido pela Caixa Econômica Federal.
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/desenvolvimento_urbano/gestao_ambiental/Guia_Selo_Casa_Azul_CAIXA.pdf

Em tempos de tantas certificações, Procell - Edifica, Selo Acqua, Green Building, minha preocupação apenas é se os projetistas não se perderão nestas certificações e se esquecerão da arquitetura em si, com suas sutilezas e a sua individualidade.

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Abertura de Processo de Seleção para Estagiário de Arquitetura e/ou Técnico em Edificações.

Aproveitando as visitas que recebemos no blog, estamos divulgando que estamos abrindo processo de seleção para estagiário de arquitetura e de curso técnico em edificações.
Interessados, enviar currículo e exemplos de trabalhos realizados (projetos da faculdade) para o e-mail eliana.castilhos@cubbos.com.
O valor da bolsa varia de R$ 500,00 a R$ 1000,00 dependendo de:
- tempo disponível;
- experiência;
- capacidade de produção;
Benefícios: VT.

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Guangzhou Opera House. Guangzhou, China.

Zaha Hadid, uma arquiteta que faz a diferença.
Numa profissão dominada ao longo dos tempos por arquitetos importantes, uma mulher recebe minha admiração pelo trabalho que faz. Desde os tempos da faculdade, acompanho a produção desta que eu considero a melhor arquiteta que já surgiu, dona de um traço característico, de uma composição elegante, de um domíno da forma como poucos arquitetos.
O que de início parece uma forma extremamente compexa, aos poucos se revela ao usuário, permitindo que o mesmo se aproprie da forma.
A Guangzhou Opera House, em Guangzhou, China, tem esta característica. Desenvolvido entre 2003 e 2010, possui uma forma diferenciada que quando bem estudada, reflete os conceitos e culturas do povo local, com referências diretas às tradições e á história do Cantão, conforme a própria página que com informações do projeto. As imagens impresionam pela qualidade dos acabamentos, e pelo design em si, elegante e preciso.
Com um conceito que surge do rio das Pérolas, as pedras roladas características dos rios também caracterizam a forma da edificação. Com um grande teatro para 1800 pessoas, além de apoios e salas auxiliares, possui 70.000m² de área construída.
"CONCEPT: Like pebbles in a stream smoothed by erosion, the Guangzhou Opera House sits in perfect harmony with its riverside location.

(...)
Its unique twin-boulder design enhances the city by opening it to the Pearl River, unifying the adjacent cultural buildings with the towers of international finance in Guangzhou's Zhujiang new town."
(texto e fotos extraídos do site do escriótio de Zaha Hadid)
 
 

 
http://www.zaha-hadid.com/built-works/guangzhou-opera-house
 
Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Abra sua mente para o uso de "Tubos de Papel".

Para quem duvida das possibilidades de tubos de papel, olha só estas estruturas do arquiteto Shigeru Ban, que tem inúmeros projetos se utilizando deste material.

A ponte de papel abaixo fica em Remoulin, França e não é nada recente, data de 2007.

Já o Domo, fica em Osaka-cho, Gifu, no Japão, e é ainda mais antigo, de 1998.

A qualidade das estruturas surpreende e não só isso. Formalmente são muito boas, e reforçam significativamente a idéia de que é possível recliclar materiais mantendo a qualidade da arquitetura e do design.

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Obs.: imagens retiradas do site oficvial do arquiteto.
http://www.shigerubanarchitects.com/

Conteiners x Casas: alternativa de solução versátil.

Em tempos de desastres naturais, enchentes, alagamentos, tsunamis, terremotos e outras tantas catástrofes, é mais do que necessário que os arquitetos pensem em construções de carácter emergencial, cuja construção se dê de forma ágil.
Os conteiner vêm a somar neste sentido, como podem nos demontrar o arquiteto Shigeru Ban - que criou abrigos temporários usando conteiners, e o escritório Poteet Architects, que desenvolveu uma casa de hóspedes em um conteiner.
A solução proposta por Shigeru Ban é a de empilhamento de 3 níveis de conteiner, que são dispostos intercalados de modo a criar condições de habitabilidade um pouco melhores para as comunidades atingidas pelo tsunami no Japão. O protótipo, segundo informações do portal Arcoweb, será para 188 pessoas, na cidade de Onagawa. A idéia tem um senso prático bastante apurado e se utiliza de uma estrutura pronta para poder amparar comunidades que em geral se encontram sem perspectiva alguma. garante a individualidade para as famílias impactadas, mesmo que em um abrigo temporário. Seguem algumas imagens retirada do site:

http://www.arcoweb.com.br/noticias-em-geral/vitimas-terremotos-japao-abrigos-temporarios-projetados-shigeru-ban-01-08-2011.html








Já a casa desenvolvida pelo escritório Poteet Architects surgiu da vontade do cliente de ter um espaço independente para os hóspedes e da facilidade e custo para obter conteiners nos Estados Unidos. O resultado formal realmente agrada e se tratando de um projeto de 2010, dá pra realmente repensar a utilização de conteiners, como habitações, mesmo que temporárias.

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/poteet-architects-casa-conteiner-27-04-2011.html

Num momento em que recursos estão cada vez mais escassos, a otimização de espaços é muito necessária. cada vez mais estamos cedendo a um consumismo desnecessário, esquecendo do essencial.
As duas idéias aqui sequem bem a linha do mestre Mies, Menos é Mais (Less is More).
Acho que vale o estudo e as propostas de soluções.

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Shimura, Tókio, Japão. Agência bancária sem cara de agência bancaria.

Estamos desenvolvendo alguns estudos relacionados à agências bancárias e encontrei este projeto bastante diferenciado para o Sugamo Shinkin Bank, na provincia de Shimura, em Tókio, Japão.
O projeto é do escritório Emmanuelle Moureaux Architecture + Design.
As imagens surpreendem pelo uso elegante das cores e da proposta luminotécnica em si.

 O degradê de cores toma conta da edificação, ressaltando as linhas horizontais. As cores ainda mudam de acordo com o clima e as estações.

As imagens foram retiradas do site do próprio escritório. Site que aliás vale a visita, pelo bom gosto no uso de cores na arquitetura. http://www.emmanuelle.jp/03Architecture/00architecture.html
Não só isso, a simplicidade da arquitetura também chama a atenção, com composições que agradam bastante visualmente.

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Projeto Portais da Cidade - BRT: divulgando informações.

Sempre fomos favoráveis à divulgação de informações Isso por que quanto mais conhecemos, menos receio vamos ter de alguma coisa. Acho que ainda é cedo para poder emitir uma idéia favorável ou não ao projeto Portais da Cidade - BRT's , projeto em desenvolvimento para implantação na cidade de Porto Alegre, justamente por que acho que ainda temos pouco acesso às informações do projeto.

Muito se falou sobre os impactos destas grandes estruturas e algumas teorias sobre o fato de que sua implantação poderia inviabilizar o metrô. Se isto for realmente verdade, fica complicado apoiá-lo, pois o metrô sempre é a solução mais eficiente para o transporte de grandes massas. 

Mas também a idéia de sua concepção, aliada ao projeto de metrô possa ser uma solução até mais completa para o sistema de transporte coletivo do município. 

Então, como forma de incentir a divulgação de informações, postamos aqui algumas imagens relacionadas à implantação dos Portais da Cidade:

Destaca-se que algumas informações também já estão sendo divulgadas por parte da Prefeitura.

As características básicas do desenho conceitual consistem em:

- corredores exclusivos com uma faixa de circulação por sentido;

- estações de embarque em nível com o veículo;

- veículos de alta capacidade (mínimo de 150 passageiros);

- operação troco alimentada;

A lógica do sistema consiste em susbtituir diversas linhas urbanas e metropolitanas (serviço convencional) por uma rede tronco alimentada a partir das estações de integração. Proporcionando integração entre os sistemas, possibilidade de combinação de viagens, aumento de mobilidade, etc.

Outra característica importante do sistema BRT é a sua flexibilidade pois se adapta ao sistema atual de ônibus comum com poucas modificações e outras soluções de tráfego podem ser incluídas no sistema de transporte público da cidade de Porto Alegre e Região Metropolitana.

O projeto básico BRT (financiamento CAF) e o pró-transporte (financiamento CEF) prevêem:

- Fase 1 (CAF): aproximadamente 20,85km de sistema BRT (readequações em 13,85km de corredores convencionais existentes) com 27 estações novas ou readequadas e 4 estações de integração (readequação de terminais existentes);

- Fase 2 (CEF): aproximadamente 21,40km de sistema BRT (readdequações em 15,90km de corredores convencionais existentes) com 32 estações novas ou readequadas e 3 estações de integração (2 novas e 1 readequação de terminal existente).

Como se pode ver, ainda precisamos de muitas informações.

Mas já é um começo.

Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos