Foto: Eliana Castilhos
Num primeiro momento, e mesmo depois, me chocou a pouca quantidade de pessoas que compareceram a uma cerimônia que teve a presença do prefeito. Não tenho conhecimento se foi por um problema de divulgação, mas achei realmente um quórum muito baixo para a importância do assunto que seria tratado.
Em relação ao trabalho em si, admiro o fato de que tal Plano conseguiu acontecer independente da mudança de 4 Secretários de Planejamento, mostrando ser uma necessidade da cidade, necessidade que por muito tempo era reconhecida, mas nunca assumida.
Mas se você que está lendo este texto está pensando na Copa, é claro que a Copa do Mundo está ajudando, sim! Não há como desconsiderar a Copa em todo este movimento que vem surgindo Pró-Porto Alegre. Eventos como esse criam uma aura na população que parece fazer as mais diferentes coisas acontecerem. O desafio, porém, é manter no pós-Copa toda esta mobilização de empresários e governos.
Quanto ao plano em si, podemos dizer que novidade, na verdade, não há nenhuma, mas às vezes precisamos ouvir o óbvio para entendermos o que fazer. O diagnóstico e a sistematização de informações são bem feitos. As ações começam a ser destacadas e começamos a entender o centro que se quer.
Entretanto, o que primeiro destaquei nesta postagem, do público da cerimônia, me faz perguntar se o que foi apresentado é o centro que se quer ou se é o centro que queremos. No processo descrito, há os eventos que inseriram a comunidade. Eu mesma fui no 1º Encontro de Planejamento Estratégico. A população, porém, deveria estar presente. No momento da conclusão de idéias, os agentes que participaram do processo devem se ver dentro dele, devem ver suas idéias, suas opiniões, suas contribuições, para podemos vencer o pós-Copa, e manter toda esta aura de sucesso para a revitalização do Centro de Porto Alegre.
Arquiteta e Urbanista Eliana Hertzog Castilhos